Por Humberto de Luna Freire Filho
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Já era de esperarmos críticas, aliás, já passam de críticas, já podemos considerar de ingerência interna em assuntos de um país soberano, as declarações feitas por um bando de idiotas, que se acham chefes de Estado na Venezuela, em Cuba, na Bolívia, no Equador e na Nicarágua, com relação ao vitorioso processo constitucional de impeachment da anta que estava destruindo o país. Essas republiquetas agrupadas compõem a famigerada União das Nações Sul-Americanas (Unasul), muquifo de um esquerdismo ultrapassado, dirigida por Ernesto Samper.
Outra organização de esquerda, núcleo do Bolivarianismo, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), também faz severas críticas ao nosso país e não perde tempo em divulgar notícias tendenciosas sobre assuntos que dizem respeito só a nós brasileiros.O motorista de ônibus de Caracas que, para infelicidade dos venezuelanos, tornou-se presidente da República, um idiota que vez ou outra conversa com o passarinho Chávez, determinou que o embaixador venezuelano no Brasil, Alberto Castellar, retornasse a Caracas para em reunião, onde será tratado o afastamento da governanta. Essa medida do Maduro, quase podre, anunciando a viagem de retorno do embaixador a Caracas foi feita em rede de rádio e TV e ele ainda afirmou que o afastamento de Dilma foi uma “canalhada” e pode espalhar na região o “vírus do golpismo”.
A declaração já foi respondida com firmeza pelo ministério das Relações Exteriores através de um Itamaraty, agora sob o comando de José Serra, tentando se recuperar da avacalhação imposta pelos últimos ministros sem caráter, verdadeiros capachos do exu de Garanhuns e da anta, além de outros também exímios lambedores das botas de Fidel Castro, a exemplo do Marco Aurélio Garcia, o famoso rato de esgoto da UNICAMP. O Itamaraty, usando do direito de reciprocidade, poderá solicitar o imediato retorno do embaixador brasileiro em Caracas; o que já deveria ter feito. Assim começaríamos a dedetizar a grande “latrina” que se tornou a América Latina. Vamos seguir o exemplo da Argentina; está demorando.
Mas, a grande surpresa do pós impeachment está ficando por conta da imprensa internacional. Dois dos maiores jornais do mundo, o norte-americano The New York Times – “NYT” – e o britânico The Guardian fizeram pesadas críticas ao afastamento da presidente. O NYT afirma que a presidente afastada Dilma Rousseff paga um preço “desproporcionalmente alto” por erros administrativos que cometeu. Não conheço a ideologia do editorialista do referido jornal, mas lendo na íntegra o editorial dedicado a nossa politica, formulei duas hipóteses. Primeira: o jornalista não tem o menor conhecimento de nossa constituição e nem procurou se informar sobre as artigos diretamente ligados ao processo, e como corruptos existem em qualquer lugar do mundo, inclusive entre jornalistas e editorialistas, entra em cena a minha segunda hipótese: talvez exista uma empresa americana interessada em vender outra sucata a Petrobras a exemplo do que já aconteceu em Pasadena.
O outro jornal, O The Guardian, foi ainda mais agressivo ao dizer que o sistema político brasileiro é que deveria ser julgado e não a presidente da República. O responsável, ou responsáveis, pela matéria não sabem que o atual sistema político foi gradativamente instalado ao longo de treze anos por essa organização criminosa até então no poder, quando aparelhou o Estado com mais de 50 mil cargos de confiança entregues a sindicalistas incompetentes e corruptos, quando segregou o país criando castas e dando o direito para minorias ditar normas para as maiorias e quando propositadamente desmoralizou as instituições.
Os responsáveis por essas matérias deveriam antes terem se inteirado da realidade, saído da “City londrina” e vindo à Brasília, conhecerem a capital mundial da corrupção, e só assim escreverem suas matérias, sem o grave risco de perderem a credibilidade e destruírem a reputação de um jornal com 195 anos de existência e mais de 350.000 cópias diárias. Mas vamos em frente, não precisamos nem de NYT, nem de The Guardian, e muito menos de Unasul e Alba, além dos ditadores corruptos que infelizmente o governo findo, não menos corrupto, financiou por vários anos com os nossos impostos que deveriam ter sido aplicados em educação, saúde e segurança.
Humberto de Luna Freire Filho, Médico