O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki disse em Ribeirão Preto (SP) que “juiz não pode gostar de holofotes”. Senhor ministro, essa sua crítica ao juiz Sérgio Moro não procede, só atende a interesse escuso desse governo corrupto. Em dois anos de operação Lava-Jato, eu vi o juiz falando em público apenas duas vezes. Quem gosta de holofotes é o senhor, já o vi, em mais curto espaço de tempo, pelo menos uma meia dúzias de vezes, fazendo proselitismo político. Se alguém quer ser estrela decididamente não seria o juiz Sérgio Moro, que executa uma trabalho sério apesar das pressões sofridas por muitos dos segmentos da nossa justiça, em boa parte aparelhada.

Lembre-se ministro Zavascki, que o senhor foi, juntamente com toda a sua corte, chamado de covardes por um desclassificado chefe de quadrilha, o mesmo que está sendo investigado pelo juiz que o senhor tenta desmoralizar. A troco de que? não sei! Até  acredito que o senhor não seja covarde. Eu, se fosse chamado de covarde, tenha certeza de que desafiaria o agressor para um olho no olho.

Entendo que a sua posição na magistratura do país não caberia atitude semelhante à minha, mas existem outras maneiras de se dar uma resposta à altura. No seu caso e também dos outros ministros da corte, igualmente agredidos, o ideal seria aquela resposta que toda a sociedade espera de uma Justiça independente e não a semelhança de uma prostituta, que atende somente a ricos e poderosos.

Humberto de Luna Freire Filho, médico