UMA CARTA NA PORTARIA

Por Humberto de Luna Freire Filho


IMAGEM: www.modelo.curriculum.com

Lula, sou eu, aquele profissional liberal de São Paulo, mas que nem por isso, deixa de ser um de seus “cumpaheiro”. Na segunda feira próxima passada, mandei fechar minha agenda para hoje, quinta feira 07/04, porque o amigo disse em Fortaleza, e se não estou enganado também em Salvador, que hoje estaria tomando posse no cargo de ministro da Casa Civil da presidência a República. Acreditei. Separei meu melhor terno, comprei passagem e vim para Brasília. Queria assistir a posse do amigo, mas tive uma desagradável surpresa, o cerimonial do Palácio do Planalto nada soube informar sobre esse importante evento. Será que a criatura está lhe boicotando? Ou o Supremo Tribunal Federal (STF) está lhe traindo? Você havia me falado em ‘off’, que mandava e desmandava na turma de lá porque são todos covardes.  Não era mais uma daquelas mentiras que você contava naquele barzinho, após as reuniões do nosso sindicato, né?

Ansioso e inconformado, procurei mais informações sobre onde lhe encontrar e soube que você está dirigindo um balcão de negócios, melhor dizendo um escritório, montado em um hotel 5 estrelas não muito longe da Esplanada. Mas, por estar muito atarefado, repaginando as capitanias hereditárias brasileiras, e hoje especificamente estaria conversando com um dos donatários mais antigos e experientes, o senhor José Sarney, não teria a menor condição de me receber. E mais, a prioridade está sendo dada a candidatos a novos gigolôs do governo, o que não é o meu caso. Portando, apesar da frustração, retorno a São Paulo sem antes lhe desejar sucesso total, porque temo que, se essa sua iniciativa não der certo, o seu escritório terá que ser transferido desse hotel para o presídio da Papuda e o jatinho que está à sua disposição será trocado por um camburão, e isso não desejamos nem para inimigos. Receba um grande abraço de seu amigo de sempre.

Att. ABCD

Humberto de Luna Freire Filho, médico

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6 pensou em “UMA CARTA NA PORTARIA

  1. O Sr., prezado Dr. Humberto, logo deixará da fazer parte do rol de “amiga gos” da figura. Uns pagam a ele R$300.000,00 por uma hora de conversa fiada. Outros emprestam a ele e aos filhos dele a casa onde morar. Alguns emprestam sítio para ele passar fins de semana e guardar “lembranças” dos tempos de Brasília. Outros, ainda, reformam e mobiliam o apartamento e o sítio (que ele apenas “frequenta”). Um outro toma empréstimo de 6 ,milhões a pedido dele. Os cumpanheros repetem, à exaustão, as besteiras que ele fala. O Sr. apenas comprou um terno novo para a posse dele. Ele exige mais, muito mais, dos amigos que lhe são subservientes.

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