SEM SUBORDINAÇÃO À BANDA PODRE

Por Humberto de Luna Freire Filho

IMAGEM: serfelizeserlivre.blogspot.com

Precedendo o detalhamento do novo plano econômico pelo ministro Henrique Meireles, o presidente interino Michel Temer fez um pronunciamento à Nação e em suma falou que não é fraco e está disposto a corrigir possíveis erros que cometeu ou venha a cometer. Ótimo senhor presidente, então comece a demitir os outros cinco de seus ministros que são alvos de inquéritos no Supremo. Na verdade o Brasil não tem ministros, tem bandidos ocupando cargos importantes na hierarquia do governo, e não pega bem para a imagem do país o resto do mundo saber que a cada semana um é demitido por ser corrupto.

Na sequência, escolha outro nome mais honrado para ser líder do governo na Câmara no lugar do réu André Moura, indicado pelo corrupto Eduardo Cunha. O novo líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), responde a uma série de inquéritos na Justiça e é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF), além de já ter sido condenado, em segunda instância, por improbidade administrativa, por assalto aos cofres públicos do município de Pirambu no estado de Sergipe, quando lá foi prefeito. E como todo bom bandido, tem sua marca registrada na operação Lava Jato.

E também, Presidente, não deixe que assuma o ministério do Planejamento Dyogo Oliveira, pau mandado de Romero Jucá, e envolvido na operação Zelotes. O secretário executivo do Ministério da Fazenda é apontado por investigadores como um possível elo, no governo federal, dos lobistas suspeitos de “comprar” medidas provisórias que concederam incentivos fiscais a montadoras de veículos. Em outubro, o Ministério Público Federal pediu a quebra de seu sigilo bancário e fiscal.

Presidente, não vou comentar a “capivara” de seus outros cinco “ministros” ainda mantidos na direção das pastas, não haveria espaço para tal, mas saiba que a sua administração até o momento fede. Não está muito diferente da anterior. Salve seu currículo, ainda está em tempo, livre-se desses canalhas que o cercam e conte com o apoio de toda a sociedade brasileira não comprometida com a bandalheira que impera no país há treze anos.

Refiro-me à aquela sociedade que foi às ruas de verde e amarelo pedir mudanças e que merece respeito porque trabalha, porque produz, porque leva o Brasil nas costas. Coragem e independência são requisitos fundamentas a um chefe de Estado. Saindo desse círculo de viciados e corruptos em que se transformou a capital da República, o senhor encontrará gente honesta e capaz para lhe ajudar nessa difícil empreitada contratada com a sociedade, de acordo com a constituição, e sem subordinação à banda podre da política nacional.

Humberto de Luna Freire Filho, médico

 

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4 pensou em “SEM SUBORDINAÇÃO À BANDA PODRE

  1. Pois é, Humberto, vc disse bem. A política brasileira tem homens sérios e honestos, porém poucos, significando que o que deveria ser a regra, em nosso país, é a exceção. A grande questão é que essas exceções não ocupam postos de destaque ou mais força política; são “arraia miúda”. E é esse tipo de político que precisamos nos postos chave do poder. Infelizmente, eles não estão lá e não vão chegar, sem ter que aderir à sujeira que costura os acordos espúrios nos porões do Congresso. Penso que seja isso; pra ter um lugar de mais destaque, o sujeito precisa primeiramente, pertencer à panelinha podre. Triste, mas verdadeiro.

  2. Tanto você como a Jussara C. Rocha falaram corretamente. Infelizmente essa é a nossa realidade. Na verdade, cidadão honeste foge da política partidária como o diabo foge da cruz, e, como foi dito pela Jussara, para subir na carreira política e ocupar cargos relevantes tem que se misturar aos corruptos, infelizmente maioria em nosso país.

    • Antônio Carlos, isso tanto é verdade que dificilmente se consegue, no atual meio político, gente honesta para ocupara os muitos cargos de confiança na administração pública.

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