Por Humberto de Luna Freire Filho
IMAGEM: almirquites.blogspot.com
Recebi algumas críticas, principalmente por email, com relação a algumas das minhas últimas postagens no blog. Com especial destaque para a última postagem. Não torço contra o governo interino, apenas relatei fatos concretos que não escapam a um mínimo de observação e senso político, fatos esses que são frontalmente contrários ao que as ruas pediram com o afastamento do governo anterior, ou seja, competência no serviço público e o fim da corrupção. A cada dia estamos vendo mais corruptos compondo o novo governo.
Concordo que haja a necessidade de novas contratações, principalmente através de concurso público, para que prevaleça a meritocracia. Afinal a população está crescendo, o país se modernizando e consequentemente há um aumento da demanda no serviço público. Mas continuo achando que esse não era o momento para anunciar mais de 14 mil novos cargos públicos, enquanto temos o déficit orçamentário de R$ 170 bilhões, mesmo sabendo-se, segundo foi publicado, que o custo dessas contratações já estaria embutido no referido orçamento. Poderia ser o contrário, esses valores abatidos do déficit, sem que parecesse demagogia ou proselitismo político, por que não? Seria entendido apenas como uma necessidade do momento econômico.
Estamos pondo lenha na fogueira do PT. Os marginais usarão isso para influenciar o resultado do julgamento do impeachment no Senado, e, com o baixo nível ético e moral dos nossos “nobres” parlamentares, é bem provável que não consigamos os 54 votos necessários. Nós é que precisamos desse total de votos, a governanta sem nenhum voto poderá continuar “presidenta”, basta que tenhamos “SÓ” 53 votos favoráveis ao afastamento definitivo. A obrigatoriedade dos 2/3 é nossa.
Vejam que já está havendo um movimento fortemente negativo contra o governo interino em consequência da demissão, em apenas 20 dias, de dois ministros do novo governo por serem corruptos, além de existir pelo menos mais três corruptos ocupando plenamente a pasta. Não fica bem para nenhum governo ter que demitir um ministro a cada dez dias. Tudo isso não deixa de ser munição; os marginais depostos agradecem, afinal a guerra não está ganha.
Para completar, o país inteiro ficou sabendo ontem, através da nossa maior rede de TV, que o governo acaba de empossar, Fátima Pelaes para a secretaria de Políticas para as Mulheres, uma ex deputada que reponde a processo por desvio de R$ 4 milhões de verbas públicas. Será possível que em um país tão grande como é o nosso, não se consiga gente capaz e honesta para ocupar os cargos públicos?
Humberto de Luna Freire Filho, médico
Não dá para acreditar que o Temer, com sua vasta experiência em política e politicagem, não tenha ainda tomado tento que não pode errar tanto. Aliás, não pode errar nada e, de fato, o que está acontecendo só está dando munição para a tigrada.
Torço por Temer, porém temo os votos dos senadores. Como você disse, nós é que temos de ter 54 votos, não a Dilma!
Antônio Carlos, a essa altura, após tanto desacerto em tão pouco tempo, acho que estamos entregando tudo de bandeja para a quadrilha.
Independente da situação vigente, a verdade tem que ser dita, o certo deve ser louvado, e o errado rechaçado. Como vc bem disse, a guerra não terminou, e os petralhas ainda estão por aí, como ratos de esgoto, se beneficiando de todo e qualquer deslize do governo interino, que diga-se a verdade, tem sido muitos para pouco tempo de governo.
Jussara, a coisa tem que ser encarada pelo governo, pensando no país como um todo, independente de querer agradar A ou b com o dinheiro do contribuinte. Acordos se faz necessário em qualquer governo, desde que não prejudique a maioria. O país tem 11,5 milhões de desempregado e o governo oficializa aumento a funcionário público, classe que tem estabilidade, e salários na maioria das vezes superior ao da iniciativa privada. Sem falar na crítica situação das finanças públicas.