Por Humberto de Luna Freire Filho
A cada dia sinto mais nojo dessa política podre que assola o país, onde interesses de quadrilhas vão de encontro aos interesses e a vontade do povo. Acabei de ler que a candidata Luiza Erundina precisou entrar com uma representação que pede liminar na 1ª Zona Eleitoral da Capital, para garantir sua presença nos debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A TV organizadora do evento, baseando-se em lei que restringe a participação de candidatos cujo partido não tenha na Câmara uma representatividade mínima de 9 deputados, impede sua participação. O partido da candidata tem apenas 5 deputados.
Não sou advogado de dona Erundina, e até confesso que não sou adepto de ideologia de esquerda, só queria entender o porque de candidatos de partidos com a pretensa “representatividade”, e que não vão além dos 3% nas intenções do votos, podem participar dos debates, enquanto a terceira colocada na vontade popular, com 10% de intenção de votos, não pode participar do debate. Aprendi que o poder emana do povo, ou a quadrilha dominante mudou as regras naturais e constitucionais do Estado Democrático de Direito, supostamente vigente no país?
Humberto de Luna Freire Filho, médico
Humberto,
nossa mídia tem, há décadas (ou há séculos?), como carro chefe de seus editoriais a crítica aberta e ácida aos nossos políticos.
Mas ao mesmo tempo acredita na democracia como único regime plausível.
Como pode nossa democracia funcionar se não temos material humano de qualidade?
É um contrassenso, não é?
Minha dúvida é se esse contrassenso passa despercebido à nossa mídia ou se ela é feita do mesmo barro que os políticos.
Um abraço.
Realmente Hermínio, liderança nós não temos, e isso não se faz de um dia para o outro. Por outro lado a publicidade oficial superfaturada é um “cala a boca” de parte considerável da nossa imprensa que não tem nenhum compromisso com a ética e a verdade. Hoje no país tudo se compra e tudo se vende.
O texto da Constituição Brasileira é lindo, quase poético. E é uma pena que seja enxovalhada pelos bandidos que tomaram conta do nosso país. Se fosse obedecida na íntegra, sem as milhares de “emendas” criadas para o benefício de interesses escusos, viveríamos no melhor dos mundos. Infelizmente, a nossa Constituição Federal desempenha o mesmo papel que o da Rainha Elizabeth na Inglaterra.
Verdade, pena que a maioria desse parlamentares e ministros, nunca leram a nossa Constituição.
Caro Humberto
Voce como morador do Rio, não sabe ou sabe pouco do desastre que fo a administração da Erundina aqui em São Paulo. Alem da paralisação de obras importantes para a cidade, ela com sua politica não só contribuiu mas incentivou a favelização da cidade. Saiu do PT e ligou-se ao que pior exite em termos partidários neste pais que é o PSOL que além de ter quase nula representatividade, aproveia o seu pouco espaço para derramar as sua propostas demagógicas da l.inha bolivariana. Não fará falta nos debates
Luiz Carlos, em 1989 eu já não morava no RJ, já morava em SP. Vivenciei o período em que a cidade foi governada por Erundina. Se você reler meu comentário verá que não teci críticas nem elogios a ex-prefeita, critiquei sim, a Legislação Eleitoral vigente que se prende a interesses partidários e despreza a opinião pública. Logo esses partidos (quadrilhas) estarão impondo à sociedade o interesse apenas de grupelhos em detrimento da maioria da população. Se a candidata tem 10% de intenção de votos por que ela não poderia participar de um debate? Afinal 10% em um eleitorado de 9 milhões (capital) representam 900.000 votos, enquanto candidatos com 2% de intenção de votos ou seja 180.000 votos está habilitado a participar do debate. Na Democracia prevalece a vontade da maioria, 900.000 votos é maioria sobre 180.000. Democracia funciona assim, OU NÃO? Fiz apenas uma observação técnica, apartidária e sem nenhuma conotação ideológica.