A PODRE POLÍTICA E LEGISLAÇÃO ELEITORAL BRASILEIRA

Por Humberto de Luna Freire Filho


IMAGEM: lacbom.com

 A cada dia sinto mais nojo dessa política podre que assola o país, onde interesses de quadrilhas vão de encontro aos interesses e a vontade do povo. Acabei de ler que a  candidata Luiza Erundina precisou entrar com uma representação que pede liminar na 1ª Zona Eleitoral da Capital, para garantir sua presença nos debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A TV organizadora do evento, baseando-se em lei que restringe a participação de candidatos cujo partido não tenha na Câmara uma representatividade mínima  de 9 deputados, impede sua participação. O partido da candidata tem apenas 5 deputados.

Não sou advogado de dona Erundina, e até confesso que não sou adepto de ideologia de esquerda, só queria entender o porque de candidatos de partidos com a pretensa “representatividade”, e que não vão além dos 3% nas intenções do votos, podem participar dos debates, enquanto a terceira colocada na vontade popular, com 10% de intenção de votos, não pode participar do debate. Aprendi que o poder emana do povo, ou a quadrilha dominante mudou as regras naturais e constitucionais do Estado Democrático de Direito, supostamente vigente no país?

Humberto de Luna Freire Filho, médico

 

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6 pensou em “A PODRE POLÍTICA E LEGISLAÇÃO ELEITORAL BRASILEIRA

  1. Humberto,
    nossa mídia tem, há décadas (ou há séculos?), como carro chefe de seus editoriais a crítica aberta e ácida aos nossos políticos.
    Mas ao mesmo tempo acredita na democracia como único regime plausível.
    Como pode nossa democracia funcionar se não temos material humano de qualidade?
    É um contrassenso, não é?
    Minha dúvida é se esse contrassenso passa despercebido à nossa mídia ou se ela é feita do mesmo barro que os políticos.
    Um abraço.

    • Realmente Hermínio, liderança nós não temos, e isso não se faz de um dia para o outro. Por outro lado a publicidade oficial superfaturada é um “cala a boca” de parte considerável da nossa imprensa que não tem nenhum compromisso com a ética e a verdade. Hoje no país tudo se compra e tudo se vende.

  2. O texto da Constituição Brasileira é lindo, quase poético. E é uma pena que seja enxovalhada pelos bandidos que tomaram conta do nosso país. Se fosse obedecida na íntegra, sem as milhares de “emendas” criadas para o benefício de interesses escusos, viveríamos no melhor dos mundos. Infelizmente, a nossa Constituição Federal desempenha o mesmo papel que o da Rainha Elizabeth na Inglaterra.

  3. Caro Humberto
    Voce como morador do Rio, não sabe ou sabe pouco do desastre que fo a administração da Erundina aqui em São Paulo. Alem da paralisação de obras importantes para a cidade, ela com sua politica não só contribuiu mas incentivou a favelização da cidade. Saiu do PT e ligou-se ao que pior exite em termos partidários neste pais que é o PSOL que além de ter quase nula representatividade, aproveia o seu pouco espaço para derramar as sua propostas demagógicas da l.inha bolivariana. Não fará falta nos debates

    • Luiz Carlos, em 1989 eu já não morava no RJ, já morava em SP. Vivenciei o período em que a cidade foi governada por Erundina. Se você reler meu comentário verá que não teci críticas nem elogios a ex-prefeita, critiquei sim, a Legislação Eleitoral vigente que se prende a interesses partidários e despreza a opinião pública. Logo esses partidos (quadrilhas) estarão impondo à sociedade o interesse apenas de grupelhos em detrimento da maioria da população. Se a candidata tem 10% de intenção de votos por que ela não poderia participar de um debate? Afinal 10% em um eleitorado de 9 milhões (capital) representam 900.000 votos, enquanto candidatos com 2% de intenção de votos ou seja 180.000 votos está habilitado a participar do debate. Na Democracia prevalece a vontade da maioria, 900.000 votos é maioria sobre 180.000. Democracia funciona assim, OU NÃO? Fiz apenas uma observação técnica, apartidária e sem nenhuma conotação ideológica.

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