CONSTATAÇÃO “IN LOCO”

Por Humberto de Luna Freire Filho

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Vou contar uma historinha para os meu leitores e principalmente para os comunistas brasileiros que não conseguem ver um palmo à frente do nariz. Uma historinha que não é tão curta, mas mesmo assim resolvi postar a título de esclarecimento a todos os que são realmente inocentes úteis nas mãos de uma quadrilha, que há treze anos institucionalizou a corrupção no país, segregou a sociedade, desmoralizou  as instituições, faliu as empresas estatais, desprezou a ética, a moral e o conceito de família e mais, deixou doze milhões de desempregados e vinte e cinco milhões de subempregados.

Em 1991, viajando por terra a partir de Londres, entrei na ex-União das Repúblicas  Socialistas Soviética (URSS), já denominada Comunidade dos Estados Independentes (CEI), após perder os antigos territórios incorporados a partir de 1922 e submetê-los a um regime central, direto de Moscou, que persistiu até 1991 quando Mikhail Gorbachev, entre 1985 e 1991, estabeleceu a Glasnost, a transparência, que sem dúvida deu maior liberdade de expressão ao povo russo, e em seguida o surgimento da  Perestroika que vinha a ser a reestruturação do sistema  Soviético de governo, que estava com uma economia totalmente falida.

 O Cazaquistão, a Bielo-Russia, a Ucrânia, a Geórgia, a Letônia, a Lituânia e a Estônia tiveram sua autonomia recuperada. Essas três últimas às margens do mar Báltico. Entramos na CEI pelo norte da Finlândia após cruzarmos a Escandinávia (Dinamarca, Suécia e Finlândia). A primeira cidadezinha em território da CEI, após a fronteira finlandesa, chamava-se Viborg, pobreza total. Lá não encontrei nada para um almoço, apenas salada de pepino, e de “sobremesa”, doce de…pepino.

Fomos salvos, eu, a mulher, e os dois filhos, pelas latas contendo deliciosos biscoitos, que eu havia comprado na Dinamarca para presentear parentes e amigos na volta ao Brasil. Ainda bem que os parentes me perdoaram. Seguimos o roteiro programado até a cidade de Leningrado, hoje chamada São Petersburgo, seu antigo nome antes da revolução Bolchevique, que foi posteriormente trocado para homenagear Vladimir Ilyich Ulyanov, o Lenin.

Finalmente chegamos a Leningrado, uma linda cidade, cortada pelo rio Neva, mas infelizmente mal cuidada e quase destruída pelo regime; ficamos três dias. Valeu a pena pela arquitetura da cidade, sua história, seus monumentos aos mortos da segunda guerra mundial, quando a cidade sofreu um cerco de 700 dias pela tropas alemães; o Museu do Hermitage, antigo palácio de inverno da família Romanov e nunca pelos dirigentes comunistas.

Saímos de Leningrado rumo a Moscou; tivemos que pernoitar na cidade  de Novgorod, afinal ainda estávamos a mais de 300 km de Moscou.  Resolvi descer até o restaurante do hotel e  tirar a diferença daquele não almoço de Viborg, mas também nada encontrei que pudesse minimamente chamar de jantar; apenas fui cercado por prostitutas e tive que voltar ao meu apartamento. Coitadas, elas não tinham culpa, eram mais algumas das vítimas do famigerado regime comunista.

Finalmente chegamos a Moscou, essa bem cuidada, como não podia deixar de ser, cartão de visita do regime. Teatro Bolshoi, Kremlin, Praça Vermelha, Universidade de Moscou e sua biblioteca com mais de 120 km de estantes, a antiga Vila Olímpica, etc. Quatro dias depois deixamos Moscou e a  CEI em direção à Polônia, mas não sem antes comprar as matrioskas para presentear parentes e amigos, em substituição aos biscoitos dinamarqueses.

A Polônia sob a presidência do anticomunista Lesch Walesa, que sedimentou a política de independência a Moscou iniciada pelo seu antecessor Wojciech Jaruzelski, já dava sinais de recuperação econômica. Lá compramos alguns cristais, “especiarias da casa” e no dia seguinte rumamos para a Alemanha não sem antes cruzar o território da antiga Alemanha Oriental, pobre, quase desértica, após a queda do muro de Berlim, e ainda mostrando a destruição com paredes crivadas de balas, a marca registrada da segunda guerra mundial.

Nunca estive em Cuba, nem na Venezuela, a exemplo do comunista Chico Buarque que também nunca  lá esteve, mas  descreve a ilha presídio como um paraíso terrestre. Porém pude comprovar na antiga União Soviética, na Polônia e na Alemanha Oriental, o que representou e ainda representa o comunismo em algumas partes do mundo.  O “camarada” prefere passar férias em Paris, onde tem apartamento às margens do Sena, degustando um Tinto “Barca Velha” safra 2004 ao preço de R$ 2,999,99 a garrafa, paga pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac –  Lei Rouanet). Não é verdade Chico?

Humberto de Luna Freire Filho, médico

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15 pensou em “CONSTATAÇÃO “IN LOCO”

  1. Humberto, chega a ser quase inacreditável que alguns ditos intelectuais brasileiros, como Chico Buarque, como Fernando de Morais, continuem a achar o socialismo viável, e pior, achando que Lula deveria ser presidente do Brasil novamente. O que levaria pessoas assim de inegável alto nível intelectual a creditar confiança em Lula, inequivocamente o maior responsável pela bilionária roubalheira da Petrobras? Eu não consigo encontrar uma resposta honesta. A mim, apenas interesses mesquinhos levam tais pessoas a defenderem o indefensável Lula. A Chico, certamente, atribuo essa confiança em Lula às benesses dos incentivos da área da cultura dados pela cleptocracia petista. O mesmo motivo move Fernando de Morais, que estava preparando um livro sobre Lula até antes de estourar a Lava-Jato. Sabe-se que ele andava para lá e para cá com Lula, nos jatinhos pagos pela Odebrecht. Não sei se ainda continua a escrever suas mentiras sobre Lula.
    Por isso, não tenho ilusão, Humberto, só a direita (ou a centro-direita, talvez) salva o Brasil.

      • Concordo com você. Eu também me considero de centro-direita, eis que não concordo com todas as posições defendidas pelos que se consideram direita puro-sangue. Até acho que os tucanos, que são esquerda moderada, na primeira gestão FHC, tomaram medidas importantes, como a implantação do Plano Real, e o programa de privatização, programa esse execrado pelos esquerdopatas. Lembremo-nos de que a Vale do Rio Doce e a Embraer foram, para felicidade do Brasil, privatizadas, escapando, portanto, da sanha ladroeira dos petralhas. Não fosse isso, a Lava-Jato teria muito a apurar de propinas e prejuízos dessas empresas. Como a Petrobras não foi privatizada, deu no que deu. Só para lembrar: Quantas estatais de petróleo os Estados Unidos têm? Nenhuminha da silva. Todas são empresas privadas, livre da sanha dos governos de plantão. vão muito bem, obrigado.

        • Abel, se a Petrobras tivesse sido privatizada seria hoje uma das maiores empresas do mundo, se não a maior na área. Lembro que certa vez ainda no governo FHC, enviei uma carta para o Fórum dos Leitores “Estadão” dando minha opinião quanto a necessidade de também se privatizar a Petrobras. Recebi pauladas de leitores ditos patriotas.

          • Eu me lembro de uma frase que era atribuída ao Marechal Castelo Branco, que dizia mais ou menos assim: Se a Petrobras for competente ela não precisa de ajuda estatal. Agora, se ela precisa de ajuda estatal, significa que ela não é competente, então não merece estar funcionando. Infelizmente milhões de brasileiros vêem o governo como uma vaca leiteira.

          • Abel, eu acho que Castelo tinha uma boa “cabeça”. Pena que não foi seguido pelos seus sucessores, principalmente Médice que estatizou até motéis da revista Quatro Rodas.

  2. Chico,
    conforme pedido do Dr. Humberto, aguardamos sua resposta.
    Ou você ainda está vendo a banda passar? Ou seria “o bando”?
    Abraços, Dr. Humberto.

  3. E Dr. Humberto,
    eu vendi barato num sebo de Curitiba os 6 Cds. do Chico depois que ele se permitiu fotografar ao lado do grande ladrão de Garanhuns.

    • Nélio fez bem!!! Eu teria feito o mesmo. Esse cara e um vigarista. Não sei se ainda tenho um vídeo onde ele confessa para outro picareta que comprava e pagava muito bem por letras de músicas. Até fazia encomendas antecipadas. Perdi muito material com o fechamento inesperado de minha conta no Gmail há 1 ano.

  4. Humberto, gostei muito do seu relato pessoal. Pessoalmente não cheguei a conhecer a ex-URSS, mas estive na Venezuela de Chaves, onde pude constatar uma economia que se despencava quando o preço do petróleo ainda estava nas alturas. Estive também na Polônia e no Cazaquistão, onde pude ver os vestígios da época de dominação comunista com horríveis prédios padronizados de acordo com o planejamento central, porém com a economia e a qualidade de vida em melhora, graças a autonomia conseguida.

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