1º DE JUNHO, MUDARAM O TEMPO E A IMPRENSA

Por Humberto de Luna Freire Filho

A DAMA DA NOITE
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O AMIGO DE SEMPRE

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O ANGORA E SEU ANJO DA GUARDAResultado de imagem para imagem para moreira franco
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O BRASIL SURFANDO NA CORRUPÇÃOResultado de imagem para Imagem para o Brasil surfando na corrupção
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Achei um tanto estranha a posição que o jornal O Estado de São Paulo adotou em seu editorial “É isto a justiça?”, de 01/06-A3, fazendo severas críticas às delações premiadas no exato momento em que a podridão atinge o presidente da República e o presidente do PSDB. Para o jornal fica claro que certos membros do Ministério Público tem a pretensão de purgar o mundo político daqueles que considera nocivos, e foi exatamente o que aconteceu com o presidente Michel Temer, segundo palavras do jornal.

Não vou me prender a gravações nem a provas documentais como faz o editorial, vou me prender a fatos notórios; a mim não interessa o que consta na gravação. Gostaria de saber do editorialista por que  o presidente da República recebeu em sua residência oficial às 22:45 um bandido? Por que o seu assessor e braço direito, homem de sua total confiança segundo suas próprias palavras, corre com uma mala  recheada com R$ 500.000,00, posteriormente recolhida pela Polícia Federal (PF)?

Tem mais, por que há menos de 24h ele assinou uma medida provisória (MP), que garante o status de ministro a Moreira Franco na Secretaria-Geral da Presidência? Caso não renovasse a MP, Moreira Franco, investigado na Operação Lava-Jato, perderia o foro privilegiado. É contaminação da “virose” Rousseff que quando atacada, tentou manter  fórum privilegiado para o gajo de Garanhuns nomeando-o para a Casa Civil?

O jornal conclui seu editorial dizendo que – as delações se tornaram instrumentos eminentemente políticos e que um possível “substituto”, para o caso do presidente cair, a qualificação exigida é que seu nome não tenha sido sussurrado por nenhum delator.  Diz mais – a sociedade pensa que o Brasil só será salvo se a classe política for desbaratada, como se fosse uma quadrilha. Mas é, digo eu, e muito bem organizada, domina os três poderes da República. O jornal fez uma verdadeira gozação com nossa cara.

Eu acho que se a classe política for desbaratada, poderá não salvar o país, mas já é meio caminho andado haja vista que essa classe está prostituída e é a principal causadora da falta da ética, da falta de moral responsável pela institucionalização da corrupção e da desmoralização do Brasil perante o mundo. Esse 1° de junho, para mim foi um dia de surpresas; a outra foi ao ler o jornal Folha de São Paulo e me deparar com um artigo do presidiário José Dirceu sob o título “As Urnas e as Ruas”.

O crápula fala do filme “Terra em Transe”, clássico de Glauber Rocha, fala em revolução, e procura destilar todo seu ódio contra a operação Lava Jato. Na verdade, o que está acontecendo com a nossa grande imprensa? A Folha deu a largada, falta o Estadão responder publicando um artigo de Marcola e para o desempate a Folha revida de Fernandinho Beira Mar. Estamos perdidos, se correr o bicho pega se ficar o bicho come.

Humberto de Luna Freire Filho, médico

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19 pensou em “1º DE JUNHO, MUDARAM O TEMPO E A IMPRENSA

  1. dr Humberto, nada a estranhar.
    Temer e o Pmdb ajudaram a eleger o PT.
    São da mesma laia.
    O Estadão tem feito outros Editoriais puchando a orelha do MP..
    Tomara q não, mas o Estadão pode estar sofrendo um aperto publicitário, sutil.
    ele fechou o balanço 2016 com prejuízo.

  2. A mídia não está morta. Apenas segue fazendo o que sempre fez, defender seus interesses. Toda ela sobrevive de propagandas governamentais e sabe que tem que estar bem com o governo, seja ele qual for.. Maior exemplo disto, está sendo exibido a já clássica foto de Roberto \marinho de braços dados com o gal Figueiredo e um editorial do jornal O Globo, onde ele publica seu apoio ao golpe ou contra golpe de 1964. Após as Diretas já, que a imprensa só “prestou atenção” quando colocamos 1 milhão de pessoas no Rio, passa a apoiar a redemocratização..

    • Helena, realmente nossa imprensa não tem ética nem moral, muitos jornalistas se vendem. Está, e estará, sempre do lado que a beneficie.

  3. Caro Dr Humberto, também​ eu me surpreendi com o editorial do Estadão (fl.A3) dessa 5a feira., ainda mais com a afirmação de que ” o MPF tem a pretensão de purgar o mundo político daqueles que considera nocivos.” Ora, a meu ver a grande maioria do congresso e dos nossos políticos é altamente nociva, corrupta e cínica, incluindo-se o presidente Temer, que como ficou comprovado recebeu não se sabe a que título, na calada da noite, o maior estelionatário de todos os tempos que hoje vive livre e impunemente instalado na 5a Avenida, onde detém a maioria de seus investimentos, adquiridos e financiados pelo BNDES, com recursos do pobre contribuinte brasileiro. Eu diria para o editorialista ” Até tu, Brutus…”.

    • Meu caro Marco Antônio, Brandão em seu comentário levantou uma questão interessante que merece reflexão – “As finanças do Estadão”. É sabido que o governo costuma socorrer, com o nosso dinheiro, grandes empresas em dificuldades financeiras.

  4. Dr. Humberto, não só estranhei, como comentei com amigos que, certamente o Conselho Editorial que “termina” os Editoriais, para publicação, e, do qual acho que participa o jornalista Fernão Lara Mesquita, deve ter faltado alguém e a turminha que entrou lá, depois que a Família Mesquita deixou a Administração e a direção de Jornalismo, se aproveita… Porque como um dos “donos”, não acredito que o Fernão deixaria sair um editorial assim. A menos que como alertou o Sr Brandão, estejam precisando de “ajuda” do BNDES…

    • Nicanor, essa é a pura verdade. A nossa imprensa quando precisa de mais publicidade oficial é capaz de mudar a linha editorial do dia para a noite.

  5. Humberto, eu não entendo uma coisa: o governo militar foi pior que tudo isso que aconteceu no País de 1985 pra cá? Economicamente não foi. Durante o governo militar o país foi de 46ª para a 8ª economia do mundo. O governo militar foi péssimo, sim, para aquelas pessoas que queriam e querem ganhar tudo no grito, mas foi muito bom para os cidadãos de bem que não compactuam com a baderna (assaltos a bancos, sequestros, assassinatos e enganação). Nos governos civis, tivemos planos econômicos miraculosos que prometeram, mas não acabaram com a inflação. O plano Collor levou pelo menos um empresário, que teve suas economias confiscadas e não tinha como pagar o salário de seus empregados, ao suicídio. Hoje temos quase 14 milhões de desempregados. Até o Tiririca errou em sua previsão de que pior não ficava. É difícil pra mim entender essa posição da mídia contra os militares. Certa vez troquei e-mails com um “formador de opinião” sobre esse tema e o último argumento dele foi o de que a Bíblia é contra ditadores. Depois dessa, eu desisti…
    Me ajude a entender isso, Humberto!

    • Realmente Hermínio, o governo militar não foi melhor só economicamente. Foi melhor em tudo: segurança, educação e infra estrutura. O que seria do Brasil hoje sem Itaipú, sem Tucuruí, sem o complexo de hidrelétrico de Urubupungá, sem o Polo Petroquímico de Camaçari, sem a Refinaria de Paulínea, sem a Rodovia Castelo Branco, sem a Rodovia dos Imigrantes, sem a Rodovia dos Bandeirantes, sem a ponte Rio-Niterói, sem o antigo BNH, sem a EMBRAER que mesmo privatizada leva o nome do país ao exterior como sendo a terceira maior fabricante de aviões do mundo? Isso para não fala em um verdadeiro exemplo de ética e moral entre os seus vários presidentes.

  6. PUBLICO COMENTÁRIO DO LEITOR RAUL LONGO

    Humberto, tua indignação é legítima, mas se olharmos a história da mídia brasileira concluiremos que cumpre com a mesma função que já cumpria quando a única empresa de imprensa do Brasil era o Diários Associados do Assis Chateaubriand. Chateaubriand já exercia poder político sobre o governo brasileiro, mesmo durante o Estado Novo. Ou seja, então já tínhamos um poder paralelo que em determinadas circunstâncias tinha mais poder do que o poder político oficial, como ocorreu quando contrariando a legislação Getúlio Vargas oficializou a guarda da filha do jornalista ao pai. Como confiar na legislação de um país que pode ser aviltada de acordo com o interesse de um poder acima do poder governamental?
    Se nem o poder de um ditador consegue ser maior do que o poder do dono de um conglomerado de veículos de imprensa, como acreditar em possibilidade democrática? E isso falando em tempos em que os Diários Associados se resumiam em jornais diários produzidos em cada capital, rádios, uma emissora de TV e a revista Cruzeiro. Já era um império, mas bastante pequeno em relação ao império da Globo criado na ditadura seguinte, a dos militares.
    Com o anticonstitucional apoio de Costa e Silva ao acordo Globo/Time-Life, nos sequestraram a política. Há muito que a democracia resulta da tolerância da toda poderosa Globo, uma das maiores sonegadoras de impostos do Brasil e de propriedade de uma família que há alguns anos foi apontada por especializada publicação internacional como a mais rica deste país. Roberto Marinho que orientava aos seus empregados que na função jornalística o mais importante é omitir do que informar, não teve o menor pejo de declarar a jornalistas da BBC sobre Collor de Melo: “Nós o pusemos, nós o tiramos.”.
    Como acreditar em democracia num país onde os interesses de um empresário de imprensa está acima da capacidade de discernimento democrático do povo que elege e depõem conforme soprem os ventos desses interesses?
    Foi pelos interesses do Brasil que Marinho tirou Collor? Conforme informações disponibilizadas pela internet, nas investigações do chamado Escândalo do Banestado se apurou que por aquele esquema de corrupção a TV Globo, via Alberto Youssef, fez remessa ao exterior de 1,6 bilhão de reais. Mais tarde o Banco Central apresentou novo relatório que chamou a atenção do Ministério Público pela drástica redução para 85 milhões. 95%
    E o juiz que conduziu os processos sobre as investigações da PF foi o mesmo Sérgio Moro que a Globo transformou em herói com a Lava Jato e nunca explicou porque da impunidade de Youssef sobre os crimes de evasão de divisas durante 1996 e 2002, em que apesar de ninguém ser condenado envolvia os mesmos da Lava Jato: Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Correia.
    Por que na Lava Jato os executivos dessas empresas foram presos e divulgados e no caso do Banestado, não? Por que o Banestado se deu no governo de FHC e o da Petrobras no governo Lula e Dilma? Ou por que no caso Banestado, além da Globo, também se envolveram a RBS, repetidora da Globo nos estados do sul; a Editora Abril e a emissora do mesmo Grupo, a TV A, além da produtora Abril Vídeos; e o SBT de Sílvio Santos?
    Se estes mesmos agentes, no caso dos empresários de mídia, no Banestado demonstraram-se tão usurpadores dos interesses do Brasil, por qual real interesse transformaram o desconhecido filho da família dos donos da TV Gazeta, repetidora da Globo em Alagoas, em herói nacional e em pouco mais de um ano o elegeram como Caçador de Marajás? E por que realmente o tiraram? Apenas porque foi comemorar sua vitória eleitoral nas Ilhas Seicheles, veraneio de marajás? Ou será porque PC Farias havia comprado a Rede OM do Paraná e a TV Corcovado do Rio de Janeiro, montando um elenco com nomes como Airton Sena, Galvão Bueno, Luís Nassif, Agnaldo Timóteo, Walter Avancini e o Carlos Massa (Ratinho)?
    Por falar em PC Farias, quem resgatou o Ricardo Molina desta vez? Depois de posto fora da UNICAMP quando o perito de Alagoas comprovou a impossibilidade da Suzana Marcolino primeiro se suicidar e depois matar PC, Molina só foi requisitado para comprovar que a bolinha de papel que acertou a careca do José Serra se tratava mesmo era de um bólido, conforme definido pelo editor de jornalismo da Globo alguns longos minutos após o então candidato ser atingido. E agora Molina retorna para discutir a autenticidade da fita do Joesley contratado por quem?
    Serão os mesmos que financiaram a total falta de solução do duplo assassinato PC/Suzana Marcolino? Por que a imprensa do Brasil nunca cobra a falta de solução para determinados acontecimentos que ela mesma explora e promove, e insiste tanto em outros casos que apesar de todos os esforços de investigação da PF, Ministério Público e Poder Judiciário, nunca se consegue provar?
    Por alegações de literaturas jurídicas que permitam condenações sem provas que nunca se teve o menor cuidado de comprovar existirem? E se existirem, como justificar a existência de um dos mais onerosos sistemas jurídicos do mundo?
    Quem condena no Brasil? Se a mídia condena antes do julgamento, qual é o poder judiciário do país?
    A Constituição de 88 mantém a proibição do monopólio dos meios de comunicação já previsto pela Constituição anterior, mas a chamada bancada da Mídia, à qual se integra a bancada da Bala, bancada do Agronegócio, bancada da Bíblia e demais; não permite sua promulgação.
    Quem legisla no Brasil? Qual é o poder legislativo do país?
    Lembrando que depois de muito embate, apesar de não conseguir promulgar a regulação dos meios de comunicação, o governo Lula conseguiu ao menos a indicação de recomendação de faixa etária da programação televisiva, fica difícil se saber qual o real proprietário do sítio ou do tríplex. Será pelos dois mandatos do presidente eleito por votos que não atenderam ao cabresto da mídia ou o interesse da mídia?
    Qual é o verdadeiro poder executivo deste país?
    Quem realmente nos governa? A interesse de quem ou de quê? Por um apartamento no Guarujá ou uma mansão em Parati?

    • Caro senhor Raul Longo.
      A mídia é reconhecida em muitos países como o quarto poder, evidentemente por sua enorme capacidade de influenciar e condicionar pessoas, principalmente as mais simples. Mas não acredito que tenha essa mesma capacidade em relação aos integrantes dos três poderes; É muito difícil para mim acreditar, por exemplo, que ministros do STF ajam condicionados por um meio de comunicação ou por uma novela. Mas tenho sérias dúvidas de que sejam imunes ao vil metal ou ao comando do político que os nomeou. Então a questão não é de condicionamento midiático, mas de poder econômico ou político. E isso vale para outros ramos de atividade tipo agronegócio, indústria automobilística, petróleo, construção civil, funcionalismo público, sindicalismo, etc. Para mim, esses setores têm tanta força quanto a Globo. Ou até mais.
      Em relação à deposição de Collor, acho um pouco de pretensão a Globo dizer que foi ela quem o tirou do Poder. Aqui em São Paulo, o Estadão e a Folha ficaram meses com as três ou quatro primeiras páginas do jornal só com notícias e textos condenatórios ao Caçador de Marajás, até ele sucumbir. E até onde eu sei, não tinham naquela época qualquer dependência em relação à Globo. Na minha humilde opinião, Collor caiu por três grandes razões: 1ª) confisco da Poupança; 2ª) fechamento de sete (?) ministérios; 3ª) demissão de cem (?) mil funcionários não concursados. Tanto que a primeira ação de Itamar Franco, ladeado por dois políticos de terno preto, que davam a impressão cada um de portar revólver, foi a de assinar a revogação das duas últimas medidas de Collor acima citadas. A Globo apenas surfou nessa onda…

  7. Humberto, eu também estranhei o mencionado editorial. Eu assino o Estadão há mais de 30 anos, embora conheça esse jornal há mais de 50, pois meu pai assinava o Diário de São Paulo, nos anos 60, sendo que às vezes eu lia o Estadão do nosso vizinho. Eu sempre gostei do Estadão, mais profundo em seus artigos e menos “esquerdinha caviar” do que a Folha de São Paulo. Portanto, achei bastante inoportuna a crítica feita no editorial aos procuradores que estão trabalhando duro para apurar as falcatruas dos nossos políticos. Já a publicação do artigo do já condenado José Dirceu, pela Folha de São Paulo, é um ultraje para os brasileiros de bem. Pelo menos na minha opinião. Não posso concordar que uma pessoa condenada no Mensalão, e agora já condenada no Petrolão, em primeira instância, possa ver um artigo de sua lavra publicado num dos maiores jornais do Brasil. Se eu fosse assinante da Folha, eu protestaria.

    • Abel, também assino o Estadão há 34 anos, e vou dar mais um tempo antes de cortar a assinatura. Se for de seu interesse leia o comentário feito por Brandão sobre esse assunto… coisa para pensar. Quanto à Folha de São Paulo, está virando jornaleco de partido político ou melhor dizendo, de quadrilhas.

  8. AS FFAA NÃO ENTRAM NA PARADA, POIS A MINHA IMPRESSÃO É QUE O ALTO COMANDO, JÁ ESTÁ CONTAMINADO .OS DA RESERVA E OS QUE ESTÃO A CAMINHO , SÃO CONTRA ESTA BADERNA GENERALIZADA. PARA VER COMO ANDAM AS COISAS , ATÉ A AMAN, JÁ TENTARAM DOUTRINAR COM O MANUAL DO GRAMSCI. VAMOS CONTINUAR A NOS MATANDO, PELAS ESQUINAS DESTE AMADO BRASIL E SE, O POVÃO NÃO FOR PRA RUA PRA VALER, NADA SERÁ FEITO. O BRASIL, HÁ MUITOS ANOS NÃO É MAIS PARA MIM, INFELIZMENTE….

    • Eduardo, os militares da ativa se prendem a uma “obediência constitucional” e os comandantes das três armas são escolhidos a dedo. Tenho contato com alguns militares de alta patente que discordam de tudo o que está acontecendo, mas esses estão de “pijama”, não tem armas. Não se faz mais general como antigamente. Infelizmente.

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