Por Humberto de Luna Freire Filho
LOJA DA RUA PAMPLONA – JARDIM PAULISTA – SP
IMAGEM: Exame
Fugindo um pouco da política para um aviso aos cidadãos. O grupo Pão de Açúcar inaugurou um mini mercado na rua Pamplona, zona Sul da cidade de São Paulo, “Minuto Pão de Açúcar”, e pela proximidade de onde resido, resolvi frequentá-lo para compras rápidas. Porém tenho percebido que o consumidor tornou-se escravo dos interesses da loja. Vou citar apenas alguns fatos acontecidos comigo. Depois tirem suas próprias conclusões.
Certa vez após chegar ao caixa fui perguntado se pagaria as compras com dinheiro ou com cartão, se com cartão, seria impossível porque as máquinas não estavam funcionado; é bem verdade que imprevistos acontecem. Em outra ocasião, o fato se inverteu me perguntaram se eu faria o pagamento em espécie, eles preferiam com o cartão porque estavam sem dinheiro para troco. Aí já não é mais uma fatalidade é falta de administração e planejamento. Minha obrigação é pagar, porém a escolha do meio de pagamento é minha.
Não fica por ai, ontem fiz uma compra e pedi o selo para participar de uma determinada promoção, o que me foi negado porque o equipamento que confirmaria minha inscrição e direito à tal promoção estava fora de sistema. Fiquei sem os selos da promoção. Agora mais essa novidade, eles estão querendo nos repassar os prejuízos, um ônus que deveriam assumir e nunca repassar, uma falta de vergonha. Aliás característica de um país sem governo, onde o cidadão é desrespeitado pelo Estado e também pela iniciativa privada.
Como se não bastasse todo o acima citado, em qualquer compra, seja ela paga em espécie ou com cartão, é pedido para que o valor a ser pago seja arredondado, independente se você esteve uma, duas ou três vezes no estabelecimento no mesmo dia, isso a título de benefício para a mata Atlântica (?), preservação, segundo eles. Eu quero é que parte da mata Atlântica pegue fogo, de preferência no local onde o senhor Abílio Diniz esteja fazendo uma trilha.
IMAGEM: GaiNet Humberto de Luna Freire Filho, médico
Humberto, infelizmente, muitas vezes não não somos tratados com o devido respeito mesmo. Há dois dias atrás, estive numa mercearia da rede Oba, que por sinal tem ótimos produtos, fica em espaços muito bem bolados, enfim é uma mercearia de alto nível. Claro que toda esse conforto tem um preço, e ele não é baixo. Não é uma mercearia, digamos assim, popular. Mas admito que os produtos são de ótima qualidade. Não faço compras sempre ali, pois os preços são salgados, mas de vez em quando vou lá para comprar produtos específicos, que só encontro lá. Pois é, na última vez que lá estive, o caixa não me pediu o CPF, que normalmente a gente utiliza para a Nota Fiscal Paulista. Eu achei que ele iria inserir o número ao final da operação, como muitas vezes acontece. Mas eu notei que ao final de tudo, ele não pediu o meu CPF, ao que então eu disse: “Você não me pediu o CPF”, ao que ele respondeu: ” Eu me esqueci”. Eu não posso ter certeza, mas acho que ele fez isso de propósito. Pode ter sido uma orientação da direção daquela loja. Mas voltando ao seu comentário, eu concordo que muitas vezes somos feitos de bobos. O comércio tem que entender que nós, brasileiros, estamos tomando mais consciência dos nossos direitos. E na hora em que isso ocorrer, os maus políticos serão rejeitados. Da mesma forma que não queremos ser enganados na hora de comprar algum produto, não iremos querer que Renans, Lulas, Sarneys, Malufs, voltem a nos governar. Para não ficar só nesses, cito também Temer, por todas as alianças espúrias de que participou em sua vida política. Ele já foi aliado de Quércia, que foi o maior ladrão do Brasil até o PT chegar ao poder. Depois, claro, da lambança petista, todos os crimes do Quércia se tornaram crimes de menor potencial ofensivo.
Abel, infelizmente o nosso país tem apenas 15% da população politizada e esclarecida, numero insuficiente para termos um democracia representativa a exemplo dos países escandinavos (conheço todos e confesso que lá senti a boa inveja). O restante da população é composta por analfabetos e analfabetos funcionais sem condições de votar e de serem votados, meros vendedores de voto. Se não investirmos em educação continuaremos terceiro mundo para sempre.
Quanto a isso, não há a menor dúvida, Humberto. Enquanto grande parte da população não for suficientemente esclarecida, não poderemos ser considerados um país desenvolvido.
Abel, o triste é que estamos muito longe disso.