PROMISCUIDADE NA RES PÚBLICA

Por Humberto de Luna Freire Filho


IMAGEM: diáriodocentrodomundo.com.br

O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de completar sua frota de doze veículos de luxo ao adquirir quatro novos automóveis da marca Hyundai, modelo Azera, ao preço unitário de R$ 155 mil, totalizando doze (?) veículos que irão servir aos onze ministros. Será que esse décimo segundo veículo, sobressalente, me levaria ao aeroporto após uma visita à Casa? Afinal ele foi pago com o meu dinheiro. Ou ele será para uso exclusivo do “cacho” de alguns ministros da nobre e digna suprema corte? Dá para perceber a promiscuidade que impera nos três poderes com relação à coisa pública.

Humberto de Luna Freire Filho, médico

 

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6 pensou em “PROMISCUIDADE NA RES PÚBLICA

  1. Olha, meu amigo, te aconselho a não tentar entrar num desses carros, mesmo tendo sido pagos por vc. Dois riscos: o primeiro, de que vc seja “convidado” a se retirar; ou ainda pior: que te levem para dar uma “volta”. Eles com certeza já te conhecem, e poderiam aproveitar a oportunidade para retaliar de maneira covarde os textos “elucidativos” que vc publica diariamente. Pense bem, rs.

  2. Humberto vou transcrever uma resposta de uma jornalista explicando como vivem os políticos e ministros na Suécia:

    Qual a motivação para um sueco entrar para a política, sendo uma carreira que traz tão poucas recompensas?

    Claudia: A real motivação de qualquer cidadão para entrar na política deve ser o poder de influenciar os rumos de uma sociedade e as decisões que beneficiam o interesse coletivo, e é isso que a maioria dos suecos parece privilegiar. Para aqueles que atingem o topo da carreira política, como por exemplo é o caso do exercício de cargos ministeriais, os salários também estão bem acima da média salarial da população. E é claro que o poder sempre exerce fascínio. Mas na Suécia, o poder político exclui a obtenção automática de privilégios pessoais pagos com o dinheiro do cidadão, como passear de jatinhos ou helicópteros com a família, a babá e o cachorro. Porque os suecos não querem ver seus políticos levando uma vida de luxo. É como resumiu um sueco que entrevistei em uma rua de Estocolmo: ”Sou eu que pago os políticos. E não vejo razão nenhuma para dar a eles uma vida de luxo”. E é como destacou um dos deputados suecos com quem conversei, a respeito da ausência de regalías políticas na Suécia: ”Para ter o respeito dos cidadãos que representamos, é preciso usar o dinheiro dos contribuintes de forma sensata. Há pessoas desempregadas e outros problemas em nosso país, e penso que o dinheiro público deve ser usado de forma mais inteligente. Nós vivemos como pessoas normais. Ingvar Carlsson [ex-primeiro-ministro sueco] estava sempre no ponto de ônibus quando saía do trabalho. Na semana passada, eu o vi na mesma parada de ônibus. Você caminha pelas ruas e vê ministros andando. Todos vivem vidas normais.”
    Matéria completa no link:
    http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/sem-corrupcao-nem-mordomias-os-politicos-suecos-sao-eleitos-para-servir.html

  3. Que cada um compre sua própria bicicleta e a pedale de casa ao trabalho, como deveria estar fazendo o prefeito de São Paulo.
    Se chover, que pegue seu certificado de propriedade e a cnh, ou o ‘busão’, ou o ‘metrô’, ou o ‘táxi’, ou vá a pé, como todos os demais brasileiros fazem…
    A regra aplica-se a todos, do Judiciário, Legislativo e até Executivo.
    Veículo público só deveria ser usado a trabalho mesmo, mas inventaram o tal de ‘acidente de percurso’ não por acaso.
    Temos muita legislação e pouca consciência do que seja ‘erário público’…

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