PAÍS DO FUTURO?

Por Humberto de Luna Freire Filho

Monobloco agita multidão perto do Monumento às Bandeiras
FOTO: Jornal O Estado de São Paulo

Alessandra Negrini foi destaque de bloco - Gabriela Biló/Estadão
FOTO: Jornal O Estado de São Paulo

 O Conde Joseph-Marie de Maistre (1753-1821), escritor, filósofo, advogado e diplomata francês é o autor de uma das frases mais verdadeiras que já li – “Toute nation a le gouvernement qu’elle mérite”. Em uma tradução direta – “Todo povo tem o governo que merece”. Essa afirmação é facilmente comprovada principalmente na nossa republiqueta tupiniquim, a famosa terra do carnaval e do futebol, quando se lê as manchetes dos principais jornais do país. Cito, por exemplo, o Jornal Estado de São Paulo, que hoje publica em primeira página – “Pré-carnaval leva 300 mil pessoas às ruas de São Paulo”, e com direito a fotos ilustrativas.

A noção de cidadania passa longe dessa gente acomodada e alienada, que se deixa roubar por um governo corrupto desde que sobre algum para comprar a fantasia ou ingresso para o futebol. Dá para acreditar no futuro de um povo que, com apoio financeiro de um governo incompetente, segregacionista e berçário de ladrões, usando dinheiro publico, patrocina parada gay e põe 2 milhões de pessoas nas ruas, enquanto um movimento pela cidadania não consegue apoio de 100 mil? Que todos os fins de semana, os estádios de futebol estão lotados para ver e aplaudir 22 analfabetos e semi-analfabetos correrem atrás de uma esfera e no final do mês receberem R$ 100 mil de salário? Esse não é o país que eu queria.

Humberto de Luna Freire Filho, médico

 

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  1. Vc não queria esse país, nem eu, nem muitos que compartilham de nossa indignação. Mas infelizmente, toda a revolta e indignação vistas nas ruas a cada manifestação, ainda não são suficientes pra fazer o povo priorizar o que realmente importa. Lembro-me agora do verso de uma música do Renato Russo: “Vamos comemorar como idiotas a cada fevereiro e feriado”. Uma coisa é certa: enquanto a maioria se comporta como “idiotas”, os podres donos do poder se refestelam com nosso dinheiro, acabando de afundar o país. Não quero com isso criticar o carnaval; é natural que se queira brincar naqueles dias, desestressar, relaxar. Mas por que aqui essa festa tem que durar tantos dias? Obviamente que é para tirar o foco do turbilhão de acontecimentos horrendos que vivemos. Aqui em Salvador, o carnaval começou na semana passada. Não com toda a sua potência, mas já com festas, apresentações de rua, bloquinhos.. Aqui serão, mais ou menos, 12 dias de festa. A estratégia para alienação em massa aqui é posta em prática com toda a força, sem disfarces, sem “mais ou menos”. Imagina o quanto se deixa de produzir nesses dias todos.. Lamentável demais.

  2. O brasileiro, na sua maioria, é alienado. Só pensa em futebol, carnaval e cerveja. Consciente, só uma minoria, infelizmente. País assim só ir para trás!

  3. Quando estudante de colégio, nos idos de 70, num colégio estadual em Uberaba, Estado do Triângulo, eu tinha uma disciplina chamada Educação Moral e Cívica, que muitos dos Srs. devem se lembrar. Meu professor, um coronel da PM de Minas, nos ensinava até mesmo de que lado andar na calçada, para evitar as confusões e desvios dos transeuntes…Nos ensinava os hinos, o valor da bandeira nacional e qual local da casa deveria ser o mais limpo, nos ensinava os ditados. Era um Educador! Coronel Carlo, autor de hino, professor, educador.
    Naquela época, passar um giz na parede era motivo de repreensão. Hoje os alunos das escolas estaduais picham até o teto as escolas, bebem bebidas alcoólicas nos pátios e agridem professores.
    Se houvesse hoje esta disciplina nas escolas, metade pelo menos dessa gente nessa festa inútil, estaria fazendo algo mais vibrante e menos triste do que festeja o exagero, sem nenhum sentido, sem nenhuma alegria verdadeira.

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