Por Humberto de Luna Freire Filho
IMAGEM: www.youtube.com
A microcefalia verdadeira pode ser familiar e não necessariamente associada a retardo mental. Pode ser congênita, adquirida, ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida. Na grande maioria das vezes, pode ser provocada pela exposição a substâncias nocivas durante o desenvolvimento fetal ou, em menor escala, estar associada com problemas ou síndromes genéticas hereditárias. Se faz necessário, para um correto acompanhamento, o precoce diagnóstico diferencial com a cranioestenose, onde ocorre um déficit de crescimento da caixa craniana (óssea), impedindo consequentemente o crescimento do cérebro (gelatinoso). Teremos então na prática um conteúdo extensível preso em um continente inextensível. Nestes casos, poderemos ter sim uma oligofrenia (déficit intelectual).
Onde quero chegar: Pesquisadores já levantaram a hipótese de que os casos registrados até o momento decorreram do uso do PYRIPROXYFEN, um larvicida utilizado pelo governo contra o Aedes aegypti. A substância é usada inclusive em água para consumo desde 2014 com a finalidade de combater a dengue em todo o Brasil, principalmente no Nordeste. Outro fato que merece destaque para efeitos estatísticos: na América do Sul, a Colômbia foi o país que mais contabilizou caso de dengue, chegando o governo a classificar o surto de pandemia; no entanto, os casos de microcefalia não extrapolaram as estatísticas. Detalhe, lá não foi utilizado o Pyriproxifen.
Evitei ao máximo comentar sobre esse assunto, mas o senso de cidadania me obrigou a fazê-lo e aproveito para convidar meus colegas neurocirurgiões e neurologistas a darem sua opinião e contribuição à sociedade. Individualmente ou através de entidades. Por favor, colegas,tenham a palavra. Isso também impedirá que corruptos usem a situação de pânico, principalmente entre a população feminina, para fazer proselitismo político, a exemplo do que está fazendo o corrupto, que ocupa a pasta da Justiça. Esse cínico e sem caráter acaba de propalar aos quatro cantos que sem a aprovação da CPMF o mosquito vai tomar conta do Brasil. Esse crápula com cara de vestal é digno de pertencer a essa quadrilha que está no poder, e em contra partida esse povinho tem o governo que merece.
Humberto de Luna Freire Filho, médico
OBS: Esse texto está sendo enviado para o jornal “O Estado de São Paulo, para o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), para o Conselho Federal de Medicina (CFM), para a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e para a Sociedade Brasileira de Neurologia.
Dr. Humberto,
não dá para acreditar em nada que vem desse governo sem-vergonha. Infelizmente nosso pobre povinho (expressão carinhosa, entenda) continua sendo enganado pelo bando de canalhas.
Abraços.
José Carlos, cultura é tudo na formação de um país.
Sendo ou não o vírus da zica o problema, o caso é que perdeu-se o controle sobre a quantidade de casos, como sempre acordam tarde, e quando a situação já esta fora de controle é que se corre atrás isto é recorrente no no Brasil’, e com certeza vai ser mais uma vez manipulado para aprovação da CPMF, como foi anos atrás, com a alegação de melhorar a saúde, o imposto foi aprovado gastou-se todo dinheiro, e a saúde continuou na UTI.
Edilson a verdade final só com muito estudo e pesquisas. Coisa difícil em um país que não investe nessa área. Mas continua a achar tudo isso muito estranho. Na minha opinião está mais para manipulação política associada a uma tentativa de esconder a incompetência dos órgão de governo na tentativa de combate ao mosquito, usando indiscriminadamente produto químico desde o ano de 2014. Produtos esses banidos de muitos países.
Acho que o governo quer encontrar uma nova fonte de financiamento eleitoral.
Em tese, com este massacre e terror na mídia, ninguém vai se opor a que laboratórios invistam bilhões na pesquisa e sobre “algum”…
Vejam o preço dos repelentes…
Salvador, sinto vergonha de ser brasileiro.
Também creio que só com muito estudo encontraremos a verdade …… e quem sabe um produto de real combate ao
perigoso mosquito!
Maria Amélia, te garanto que muito mais perigoso que o mosquito, é essa quadrilha que tomou conta do Brasil. Tenha certeza disso.
Corajoso e tecnicamente elucidativo o artigo. Fundamental param que pessoas “desautorizadas”, isto é, sem as qualificações técnicas, oriundas de outras profissões ou de formação intelectual diversa, invadam área fora de sua alçada ou competência. É a Medicina, através dos seus especialistas que detêm o direito/dever de opinar e alertar.
Sérgio, resolvi me pronunciar solicitando a opinião de colegas das áreas de neurologia e neurocirurgia, primeiro porque gosto sempre de aprender e depois pelo fato de que até agora, só ouvi e li explicações de infectologistas. O texto (foi publicado hoje no Estadão, edição online) saiu apimentado graças ao cinismo dessa gente sem caráter que nos governa.
Obrigado, Dr. Humberto, pelos esclarecimentos sobre esse problema tão sério que afeta e angustia milhões de pessoas desse pobre e espoliado país, principalmente gestantes e familiares. Eu, por exemplo, estou há tempos nesta situação de angustia por ter uma filha grávida. Espero que aqui no estado de São Paulo não estejam usando o tal veneno. Quanto aos corruptos do poder podem, com esta campanha terrorista estar incubrindo os erros de seus apaniguados do nordeste, principalmente! Como são mentirosos por natureza, tudo se pode esperar deles!
Antônio Carlos, muitas coisas ainda precisam ser esclarecidas a respeito da epidemia. Porém, esses corruptos que nos governam, estão usando esse fato para dar suporte as suas políticas sujas.
Humberto venho de uma família de médicos clínicos e cirurgiões.
Sendo assim , sempre achei estranho que derrepente há uma infestação de Zika Virus oriundi do mosquitinho,.
Isso é uma forma de poderem aprovar a famigerada CPMF usando um mosquitinho que pode ser portador de uma virus, mas absurdo é, uma onda de microcefalia nunca visto nesse país.
Você tem mais uma vez razão ao escrever essa matéria.
Parabéns por sua coragem.
Abçs
Maria tudo isso requer ainda muito estudo e pesquisas para se ter certeza da etiologia do atual surto. Não pode estar sendo usado politicamente por essa quadrilha.
Bom, Humberto, vc sabe que não sou da área de saúde, mas sempre achei muito estranha essa associação dos casos recentes de microcefalia à epidemia de zika vírus. Tudo isso por um simples fato: ao olhar um mapa da microcefalia no Brasil, vi que o mapa estava praticamente dividido ao meio, ou seja, sul e sudeste com muitos poucos casos, norte e nordeste apinhados de casos. Não entendi o motivo dessa divisão. Estaria o aedes aegypti “escolhendo” as áreas onde se proliferar? Será que me fiz entender?
Dessa bandidagem tudo se espera. A OMS propõe que seja considerado microcefalia um perímetro cefálico igual ou inferior a 33 cm. Não tem dois meses que o ministério da Saúde propôs reduzir essa medida para 32 cm. Assim teríamos uma redução de 40% dos casos catalogados como sendo má formação. Um tratamento a base de “fita métrica”. Esse país está se tronando IMORAL!!!