Por Humberto de Luna Freire Filho
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Fábio Medina Osório, após desentendimento com Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, foi demitido ontem pelo fato de a AGU ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal acesso a inquéritos, que demonstram a participação de integrantes da base do governo na roubalheira que está sendo apurada pela Lava Jato. Osório foi demitido mas deu o seu recado – “O governo quer abafar a Lava Jato”.
A alegação de Padilha, que disse temer um “incidente político” consequente à conduta tomada pelo advogado, foi de pronto aceita pelo presidente Michel Temer que rapidamente demitiu o servidor por telefone. Afinal para que correr riscos. Não é verdade, presidente? Padilha, quero fazer uma correção no seu discurso, o “incidente” que você alega não seria político, seria “moral”, porque a base do atual governo está contaminada por gente sem caráter e de baixo nível ético, e não difere muito da bandidagem que atuava no governo anterior.
Acredito que a essa altura o nosso presidente já deva ter recebido penhorados agradecimentos de Renan Calheiros, de Romero Jucá, de Henrique Eduardo Alves, do próprio Padilha e de mais uma dúzia de ratos, que flanam nos podres porões do Palácio do Planalto e do PMDB. É de estarrecer a opinião de alguns juristas ligados ao esquema e também de um bom número de jornalistas.
Essa patota alega que; sendo a operação Lava Jato prerrogativa do poder judiciário e sendo a AGU órgão do Executivo, não caberia uma interferência da mesma. Até aí tudo bem, na verdade são dois poderes independentes. Mas, qual é a função do advogado-geral da União senão zelar pelo patrimônio estatal. A Petrobras não é uma empresa estatal? A Petrobras não foi roubada? A operação Lava Jato não apura o roubo da Petrobras e também de outras estatais? Como o advogado-geral da União poderá defendê-las se não pode ter acesso ao processo?
Humberto de Luna Freire Filho, médico
São os ratos protegendo-se, porque se um cair, muitos irão junto. Compreensível, apesar de nojento.
Jussara, as raízes da podridão são profundas. Atingem e se entrelaçam nos três poderes da República