Por Humberto de Luna Freire Filho

Estamos pagando mais uma viagem inútil do jerico de nove dedos para o continente africano. Essa eu diria que não é só inútil é também contraproducente e desmoralizante para o Brasil. Cheguei a essa conclusão fazendo uma rápida análise da comitiva composta por Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira ( Relações Exteriores) e Anielle Franco (Igualdade Racial), e do roteiro a ser cumprido: África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe e das respectivas pautas nas várias escaladas da quadrilha.

Na África do Sul, mais precisamente na cidade de Joanesburgo, a maior cidade do país, será realizada a 14ª  reunião de cúpula dos BRICS, acrônimo criado com as iniciais de países emergentes, Brasil, Russia, Índia, China e Africa do Sul, que juntos criaram um organização econômica Internacional. Só a titulo de curiosidade – a África do Sul tem três capitais: Pretória (Executiva), Cidade do Cabo (Legislativa) e Bloemfontein (Judiciária).

Nessa reunião do grupo econômico, infelizmente o presidiário vai propor a inclusão de outros países no bloco, Venezuela e Argentina, o que sem dúvidas diminuiria o poder de influência dos atuais formadores, inclusive do Brasil, sem contar com o pior, o risco da inclusão de economias falidas, que nada trariam de beneficio ao grupo e ainda o exporia a calotes, conduta costumeira nesses dois países. Espero que o BNDES não seja o avalista dessa armação. O BNDES é um banco de fomento para o desenvolvimento do Brasil, assim entendo, a não ser que na atual administração desse petista tenha se transformado em um instituição avalista de ditaduras.

Vamos para Angola? Sim! nos dias 25 e 26 de agosto, “ele”, o magnífico, deve fazer reuniões bilaterais com líderes políticos do país. Em janeiro deste ano o presidente angolano João Manuel Gonçalves Lourenço veio ao Brasil e tentou encontrar-se com o presidiário mas não foi atendido. Agora está chegando o dia do presidiário pedir desculpas ao colega, e como não aconteceu nenhuma novidade no front nos últimos anos ele deve repetir o mesmo discurso que fez em 2014 sobre o combate à fome e à miséria.

Naquela ocasião, mostrou como a experiência brasileira serviu para combater a fome estimulando o desenvolvimento de políticas públicas, e que não só Angola mas que todo o continente africano deveria implementar. Transcrevo um trecho do discurso proferido na ocasião em “ANGOLES” e pedir para um leitor que entende essa  língua, me traduzir.  Ei-lo:   “antes de chegarmos ao governo, 35% da população tinha que ter quase tudo e o resto tinha que ser pobre”

No dia 27 em São Tomé e Príncipe, haverá  a 14ª  Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entidade que tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Verdadeiras “potências” econômicas e culturais e que sem a menor sombra de dúvida, a curto prazo, ajudarão sobremaneira  o desenvolvimento do Brasil  nessas duas áreas. Alguém discorda? O nove dedos, como não poderia deixar de ser, estará presente com o mesmo blá-blá-blá de sempre.

Humberto de Luna Freire Filho, médico – Cidadão brasileiro enojado com tanta podridão.