Por Humberto de Luna Freire Filho
José Yunes, aquele inocente amigo do Presidente Michel Temer há 50 anos e “mula” de Eliseu Padilha, disse ter recebido um envelope com 4 milhões para ser entregue ao ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República. Ora…vamos por etapa e usando o bom senso. Um envelope com 4 milhões de reais? Eu fico mais com a opinião de Alexandre Garcia, que promoveu o envelope a pacote. Quatro milhões de reais em um envelope? IMPOSSÍVEL não é verdade seu Yunes? Esse país está PODRE.
Humberto de Luna Freire Filho, médico
Infelizmente está podre mesmo. Você tem toda razão em se indignar, Humberto. Nesses últimos treze ou quatorze anos a corrupção encontrou campo fértil, como nunca antes. O PT sabia que precisava de uma ampla base de apoio parlamentar para governar o Brasil, quando chegou ao poder em 2003. Conseguiu obtê-la por intermédio de compra de deputados e senadores. Aí entra o PMDB, cujos integrantes são nossos notórios conhecidos Renan, Sarney, Jucá, entre outros, só para citar os mais evidentes, famintos por cargos importantes na máquina federal. Mas não bastava o apoio do PMDB. Era preciso o PP, o PTB, mas era preciso ainda minar o eterno adversário DEM, e para isso ajudaram a criar o partido do Kassab, cuja sigla nem me lembro agora. Pronto, agora não faltava mais nada. Quer dizer, só faltava assaltar o erário público, estatais incluídas, para que o dinheiro alimentasse a engrenagem da corrupção. Estavam garantidas a governabilidade, a perpetuação no poder, a aprovação das medidas legislativas que iriam favorecer os interesses do governo, e de sobra, encher as burras dos cofres dos políticos aliados. A farsa só foi descoberta pelos fatos que se desdobraram na Lava-Jato. Daí para o impeachment da Dilma foram precisos alguns meses. Mas no lugar da Dilma viria Temer, que é hoje o grande cacique do PMDB desde a morte de Quércia. Sendo do PMDB, não é preciso dizer que ele sempre soube da roubalheira comandada pelo PT. Por isso vivemos essa situação difícil hoje. Como diria a Poliana, antes isso do que a Dilma no poder.
Abel, o Estadão hoje noticia em primeira página que Temer estuda medida para tentar anular depoimentos de delatores da Odebrecht e mais, FHC afirma que palavra de delator não é prova, isso em defesa de Aécio Neves. Estamos perdidos. A quadrilha é poderosa e domina de cabo a rabo.